martes, 23 de octubre de 2012


Pesticidas agrícolas matam 





abelhas e 





prejudicam polinização, diz estudo



Zangões mortos por produtos químicos impactam colônias.
Grande parte de alimentação global de vegetais depende da polinização.

Da ReutersComente agora


Pesticidas agrícolas estão matando zangões e prejudicando a habilidade deles para se alimentar. Assim, colônias vitais para a polinização das plantas podem vir a não desempenhar as suas tarefas, de acordo com estudo publicado neste domingo (21) na revista científica "Nature".


A pesquisa feita por cientistas da Universidade de Londres, no Reino Unido, expôs colônias de 40 zangões, abelhas maiores do que as mais comuns, aos pesticidas neonicotinoide e piretroide durante quatro semanas, em níveis semelhantes aos que se dão nos campos.


Os neonicotinoides são produtos químicos semelhantes à nicotina usados para proteger uma série de culturas de gafanhotos, pulgões e outras pragas. Análise feita pelos pesquisadores afirma que a exposição aumentou a mortalidade e reduziu o desenvolvimento e o sucesso da colônia. Além disso, o estudo diz que a exposição a uma combinação de dois pesticidas "aumenta as chances da colônia fracassar".


Zangões formam colônias de algumas dúzias, enquanto outras abelhas formam colônias de milhares. "Efeitos em uma abelha podem ter uma importante repercussão na colônia. Essa é a novidade do estudo", declarou o principal autor da pesquisa, Richard Gill.

Zangão (Foto: Reprodução/Nature)Efeitos dos pesticidas em zangões podem impactar toda uma colônia, de acordo com estudo publicado na "Nature" (Foto: Reprodução/Nature)


Estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU) é que um terço de toda a alimentação baseada em vegetais depende da polinização das abelhas. Porém, a redução da quantidade de abelhas, principalmente na América do Norte e na Europa, tem assustado os cientistas.

Relatório feito pela ONU em 2011 estimou que as abelhas e outros polinizadores, como besouros e pássaros, realizam um trabalho que valeria 153 bilhões de euros por ano. "Acho que o declínio das abelhas é como um quebra-cabeças, com provavelmente um monte de peças para serem encaixadas. Essa é provavelmente uma peça muito importante", disse Gill.

Parasitas
Em comentário sobre a pesquisa feito pela pesquisadora Juliet Osborne, da Universidade britânica Exeter, afirma que o estudo apontou a necessidade de se entender todos os fatores que podem contribuir para prejudicar as abelhas e suas colônias.

Ela usa como exemplo a falta de uma demonstração convincente dos efeitos relativos dos pesticidas nas colônias em comparação com os efeitos dos parasitas.

Richard Gill apoiou a recomendação da autoridade europeia de segurança alimentar para a realização de mais testes em diferentes espécies. De acordo com ele, estudos anteriores examinaram o impacto de pesticidas nas abelhas em si, e não nas colônias.

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